quinta-feira, 26 de abril de 2012

Quem precisa usar Aparelho Ortodôntico?

Essa é uma pergunta muito comum: Será que preciso usar aparelho ortodôntico?

É interessante lermos no outro post o que é a Ortodontia: http://www.blogdaortodontia.blogspot.com.br/2012/04/o-que-e-ortodontia.html

Não entrarei em detalhes dos parâmetros para se ter uma oclusão harmoniosa, pois este é um tema muito complexo inclusive entre os profissionais da área, daí a necessidade do profissional se especializar e entender mais profundamente a oclusão humana. Mas de forma geral, devemos ter um equilíbrio entre os ossos maxilares e mandíbula, e um correto relacionamento dos dentes superiores e inferiores, “mordendo” harmoniosamente, sem interferências de um ou mais dentes “mordendo” mais que os outros, e o trespasse correto dos dentes de cima com os dentes de baixo.

Ou seja, A má-oclusão pode ser devido a um posicionamento errado das estruturas ósseas da maxila e/ou da mandíbula, devido a um posicionamento errado dos dentes ou devido a estes problemas em conjunto.

A má-oclusão é uma das 3 doenças bucais mais prevalentes, juntamente com a cárie e a doença periodontal, e deve ser tratada!

Um dos pontos que mais incomodam as pessoas é a falta de estética que dentes fora de posição proporcionam, o que é um aspecto importante já que pode inclusive prejudicar o convívio social do indivíduo. Porém, é importante ressaltar também que a má-oclusão é uma patologia que provoca prejuízo às funções do indivíduo: Pessoas com má oclusão têm dificuldade de falar (falam soprado, começam a interpor a língua), comem com dificuldade e deglutem de maneira errada.

Com o passar dos anos, a sobrecarga mastigatória nos dentes mal posicionados leva a problemas como recessões gengivais e abfrações (quando expõe o colo do dente próximo à gengiva), pericementite (inflamação na região do ápice da raiz do dente, e este dói quando o paciente morde), desgastes nos dentes e até mesmo reabsorções ósseas.

É relevante comentarmos sobre a dificuldade que os pacientes têm de higienização dos dentes tortos, levando assim a um aumento do índice de cárie e doença periodontal.

Portanto, é imprescindível o tratamento ortodôntico em pacientes com má-oclusão dentária!

Quando existe a má-oclusão esquelética, isto é, existe um problema no desenvolvimento ósseo na maxila, ou mandíbula ou em ambos, este problema deve ser tratado o mais precoce possível com aparelhos Ortopédicos.

O uso desses aparelhos em crianças, proporcionam o correto desenvolvimento facial, em harmonia, corrigindo os problemas de discrepâncias
ósseas e em alguns casos, inclusive de discrepância dentárias.

É muito importante a avaliação precoce da oclusão em
crianças, pois quando finaliza a fase de crescimento, os tratamentos ortopédicos não têm mais indicação para redirecionamento de desenvolvimento.
Sendo assim, a única correção da desarmonia facial será a Cirurgia Ortognática.

Hoje a média da prevalência da má-oclusão na população brasileira é de 85,17%, portanto faça uma avaliação com um ortodontista!

terça-feira, 24 de abril de 2012

O que é a Ortodontia?

Ortodontia é uma especialidade odontológica que corrige a posição dos dentes e dos ossos maxilares posicionados de forma inadequada. Dentes tortos ou dentes que não se encaixam corretamente são difíceis de serem mantidos limpos, podendo ser perdidos precocemente, devido à deterioração e à doença periodontal. Também causam um estresse adicional aos músculos de mastigação que pode levar a dores de cabeça, síndrome da ATM e dores na região do pescoço, dos ombros e das costas. Os dentes tortos ou mal posicionados também prejudicam a sua aparência.

O tratamento ortodôntico torna a boca mais saudável, proporciona uma aparência mais agradável e dentes com possibilidade de durar a vida toda.
O especialista neste campo é chamado de ortodontista. Os ortodontistas precisam fazer um curso de especialização, além dos cinco anos do curso regular.

Como saber se preciso de um ortodontista?
Apenas seu dentista ou ortodontista poderá determinar se você poderá se beneficiar de um tratamento ortodôntico. Com base em alguns instrumentos de diagnóstico que incluem um histórico médico e dentário completo, um exame clínico, moldes de gesso de seus dentes e fotografias e radiografias especiais, o ortodontista ou dentista poderá decidir se a ortodontia é
recomendável e desenvolver um plano de tratamento adequado para você.
Como funciona um tratamento ortodôntico eficaz?
Diversos tipos de aparelhos, tanto fixos como móveis, são utilizados para ajudar a movimentar os dentes, retrair os músculos e alterar o crescimento mandibular. Estes aparelhos funcionam colocando uma leve pressão nos dentes e ossos maxilares. A gravidade do seu problema é que irá determinar qual o procedimento ortodôntico mais adequado e mais eficaz.
Aparelhos fixos podem ser:
Aparelho fixo —este é o tipo mais comum de aparelho; consiste de bandas, fios e/ou braquetes. As bandas são fixadas em volta de vários dentes ou um só dente, e utilizadas como âncoras para o aparelho, enquanto que os braquetes são presos na parte externa do dente. Os fios em forma de arco passam através dos braquetes e são ligados às bandas. Apertando-se o arco, os dentes são tracionados, movendo-se gradualmente em direção à posição correta. Os aparelhos fixos são geralmente apertados a cada mês para se obter os resultados desejados, que podem ocorrer no prazo de alguns meses até alguns anos. Atualmente eles são menores, mais leves e exibem bem menos metal que no passado. Podem apresentar cores vivas para as crianças, bem
como estilos mais claros, preferidos por muitos adultos.
Aparelho fixo especial — utilizados para controlar o hábito de chupar o dedo ou a língua "presa", estes aparelhos são fixados aos dentes através de bandas. Por serem muito desconfortáveis durante as refeições, devem ser utilizados apenas como um último recurso.
Mantenedor de espaço fixo — se o dente de leite é perdido precocemente, um protetor de espaço é utilizado para manter este espaço aberto até que o dente permanente nasça. Uma banda é cimentada ao dente próximo ao espaço vazio e um fio é estendido até o dente do outro lado do espaço.

Aparelhos móveis incluem:
Niveladores — uma alternativa para os aparelhos convencionais para adultos, niveladores em série estão sendo utilizados por um número crescente de ortodontistas para mover os dentes da mesma forma que os aparelhos fixos, mas sem os fios de aço e os braquetes. Os niveladores são virtualmente invisíveis e removíveis para que o usuário possa se alimentar, escovar os dentes e passar o fio dental.

Mantenedores de espaço móveis —estes aparelhos têm a mesma função que os mantenedores fixos. São feitos com uma base acrílica que se encaixa sobre a mandíbula e têm braços de plástico ou arame entre determinados dentes que devem ser mantidos separados.

Aparelhos reposicionadores de mandíbula — também chamados de talas, estes aparelhos podem ser utilizados no maxilar superior ou mandíbula, e ajudam a "treinar" a mandíbula a fechar em uma posição mais favorável. São utilizados para disfunções da articulação temporomandibular (ATM).

Amortecedores de lábios e bochechas — são destinados a manter os lábios e bochechas afastadas dos dentes. Os músculos dos lábios e bochechas podem exercer pressão sobre os dentes e os amortecedores ajudam a aliviar esta pressão.

Expansor palatino — um mecanismo utilizado para alargar o arco da mandíbula superior.
Consiste em uma placa de plástico que se encaixa sobre o céu da boca. A pressão externa aplicada sobre a placa por meio de parafusos força as juntas dos ossos do palato a se abrirem para os lados, alargando a área palatina.
Contentores móveis — utilizados no céu da boca, estes aparelhos de contenção previnem que os dentes voltem à posição anterior. Podem também ser modificados e utilizados para evitar que a criança chupe o dedo.

Aparelho extrabucal — com este aparelho, uma faixa é colocada em volta da parte de trás da cabeça, e ligada a um elástico na frente, ou um arco facial. Este aparelho retarda o crescimento da maxila e mantém os dentes posteriores onde estão, enquanto os dentes anteriores são empurrados para trás.
Nos próximos posts falarei sobre cada um dos aparelhos e suas indicações.

Adaptado de Fonte: http://www.colgate.com.br/app/CP/BR/OC/Information/Articles/Cosmetic-Dentistry/Orthodontics/Orthodontic-Basics/article/What-is-Orthodontics.cvsp

Tipos de Má-Oclusão

A má-oclusão é uma das doenças bucais mais prevalentes, em
conjunto com a cárie e a doença periodontal.

A sua prevalência no Brasil atualmente, é de 85%, sendo uma doença muito
comum e deve ser tratada!

Se você apresenta algum dos problemas abaixo, pode ser um candidato para o
tratamento ortodôntico:

Sobremordida,
algumas vezes chamada de "dentes salientes" — este
problema é caracterizado por um excesso vertical da região anterior da
maxila e/ou uma sobre-erupção dos dentes dessa região. Nos casos de
sobremordida, os dentes anteriores superiores recobrem quase 100% dos
dentes inferiores, conferindo um sorriso desagradável e problemas
mastigatórios. Os dentes inferiores podem, inclusive, estar tocando no
palato e na gengiva do arco superior.

Mordida cruzada anterior
— uma aparência de "bulldog", quando a arcada inferior está
projetada muito à frente ou a arcada superior se posiciona muito atrás.

Mordida cruzada
ocorre quando a arcada superior não fica ligeiramente à frente da arcada inferior
ao morder normalmente.

Mordida aberta
espaço entre as superfícies de mordida dos dentes anteriores e/ou laterais
quando os dentes posteriores se juntam.

Desvio de linha mediana
— ocorre quando o centro da arcada superior não está alinhado com o centro
da arcada inferior.

Diastema — falhas,
ou espaços, entre os dentes como resultado de dentes ausentes ou dentes
que não preenchem a boca.

Apinhamento —ocorre quando existem dentes demais para
se acomodarem na arcada dentária pequena.

Adaptado de :

http://www.colgate.com.br/app/CP/BR/OC/Information/Articles/Cosmetic-Dentistry/Orthodontics/Orthodontic-Basics/article/What-is-Orthodontics.cvsp

Bittencout, MAV; Machado, AW, Prevalência de má oclusão em
crianças entre
6 e
10 anos – um panorama brasileiro, Dental Press J Orthod 116 2010
Nov-Dec;15(6):113-22